segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fragmentando.

O que sobrou nada mais é do que um todo em várias partes. Partes perdidas em músicas, poesias e cores. Talvez se possa dizer que algo em mim sempre soube que seria assim: um todo, porém, partido.
Que essa partilha seja justa, que o espaço que a música ocupar seja dividido com todas as cores, com todas "flores que vejo por todos os lados", formas e movimentos, com toda a irrealidade de um lugar seguro na mente. Que cada imagem me leve até o momento que eu não sei mais compartilhar, que só consigo expressa-lo atraves de toda essa mistura e abstração, atraves das múltiplas sonoridades que meus ouvidos adotam.
Que a poesia fale por mim, com todo sentimento elevado ou rasteiro que meu coração precisar.
Que cada música diga o que minha mente não conseguiu formular.
Que cada cor revele meu humor, ou meu estado.
Que as formas que vejo me decifrem o pensamento mais distante que tenho, e o tragam para perto esclarecido.

De tudo que se é, ou de tudo que se pode ter sido, nunca se sobram muitas certezas. Nunca se sabe bem quando as coisas mudam e ficam claras novamente, e por tal fato me uso desse artifício porque "metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade, eu não sei."

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